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Aprendendo a desaprender

Por Celso Niskier 

Instigado pelo recente webinar realizado pela ABMES – com a participação de Daniel Castanho, presidente Conselho da Ânima Educação e vice-presidente da ABMES; Juliano Costa, vice-presidente da Pearson Brasil, e Fábio Negreiros, especialista de Soluções para Educação da Microsoft América Latina – pus-me a pensar sobre os desafios da aprendizagem no mundo de hoje.

Como Alvin Toffler afirmou, talvez a principal habilidade para um jovem em idade escolar seja aprender a desaprender, para que possa, então, (re)aprender novos conceitos, necessários para um mundo em constante evolução.

Em uma imaginada sala de aula do futuro, as aulas serão, necessariamente, mais dinâmicas, tendo no professor o principal agente de facilitação da aprendizagem. Múltiplas fontes de conhecimento devem estar disponíveis, para alimentar a criatividade e a curiosidade dos estudantes. Estes, devem buscar seguir trilhas de aprendizagem e parar para realizar reflexões com base no que foi aprendido.

Essa verdadeira comunidade de aprendizagem, engajada e mediada por tecnologias é o que eu imagino como um ambiente rico e interessante para os alunos e professores. Mas como construir uma escola assim? Certamente deve-se começar com a preparação dos professores para essa nova realidade educacional.

Em um ambiente de aprendizagem cada vez mais personalizado, com uso de ferramentas de inteligência artificial e de análise de dados, o professor se liberta de tarefas repetitivas e tem a sua criatividade estimulada,  para que se torne um projetista de conteúdos e um guia para orientar o percurso dos alunos.

Se, como disse Peter Diamandis, citado por Daniel Castanho, o futuro da educação deve incluir a aprendizagem de “coding”, ou programação de computadores, eu acrescentaria, esquentando o debate: não podemos esquecer de ensinar também o “decoding”, ou a desprogramação das crenças limitantes que trazemos da infância, e que limitam o nosso potencial.

Uma sala de aula, seja presencial ou remota, será um espaço de experimentação, de construção coletiva de conhecimentos, de trilhas e de reflexões.

Só assim potencializaremos a aprendizagem, e daremos propósito à tarefa de transformar a vida dos alunos de um jeito atraente, motivador e eficiente.

Bora desaprender os modelos antigos e abraçar esse admirável mundo novo?

 

Fonte: ABMES