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Aulas remotas ou EAD?

Por Celso Niskier

O segmento de educação superior brasileiro, assim como todos os demais setores da economia, foi fortemente impactado com a pandemia do novo coronavírus – Covid-19, que vem provocando a paralisação de empresas em todo o mundo, desde o início do ano. O estado de quarentena no qual estamos convivendo hoje é uma situação inédita no Brasil, embora já tenhamos enfrentado outros vírus mundiais, como por exemplo, a gripe espanhola e a gripe suína.

Situações excepcionais exigem soluções inabituais, o que normalmente implica em sacrifícios coletivos, especialmente quando estamos falando da saúde e da vida de milhares de pessoas. Existem muitas dúvidas sobre como iremos vencer essa pandemia, mas temos uma certeza: ela terá início, meio e fim, à exemplo dos casos anteriores.

Enquanto isso, o que precisamos fazer é encontrar alternativas eficientes para reduzir ao máximo seus efeitos. Para área de educação superior, a principal medida que vem sendo adotada é o uso da tecnologia para a continuidade das atividades presenciais em ambientes virtuais, conforme normatização do Ministério da Educação (Portaria de nº 343).

O que está sendo adotado no momento por boa parte das instituições de educação superior, em caráter emergencial, são aulas remotas, ministradas por professores, em sua maioria no mesmo horário convencional da aula presencial, por meio da utilização de recursos tecnológicos.  Dessa forma, as instituições arcam não somente com a manutenção do quadro acadêmico, como também com investimentos para a ampliação tecnológica, de modo a possibilitar a continuidade do conteúdo e para que não haja perda de aprendizagem para o estudante.

Embora as atividades presenciais estejam sendo substituídas provisoriamente por aulas remotas, o formato usado é diferente da modalidade EAD (Educação a Distância) tradicional, em que o conteúdo é, na maioria das vezes, assíncrono, autoinstrucional e conta com apoio de tutores. Devido a esta situação excepcional, as instituições passaram a oferecer turmas específicas com atividades remotas, com o objetivo de atender ao programa das disciplinas previstas para o curso presencial, tal qual o aluno contratou.

Não há, portanto, redução de custo. Pelo contrário: as instituições têm feito mais investimentos tecnológicos para dar conta deste momento atípico pelo qual passa o mundo todo em função do novo coronavírus. Ao adotar tais medidas, o setor particular de educação superior dá ao país a sua contribuição, mantendo a continuidade das atividades letivas, porém, sem colocar em risco a saúde e a segurança de alunos, professores e funcionários.

 

Fonte: ABMES