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As três perguntas mágicas

Por Celso Niskier,

Quando nós, educadores, queremos saber se uma instituição educacional está, verdadeiramente, cumprindo a sua missão, pensamos em três perguntas que devem ser feitas aos gestores e a toda comunidade acadêmica.

A primeira pergunta, obviamente, é se os estudantes estão gostando da experiência que estão tendo. Gostar significa estar satisfeito com o ambiente, com a escolha da carreira, com o atendimento que é dado a ele e com as ferramentas à disposição para a aprendizagem. Essa pergunta pode ser respondida por meio de pesquisas feitas periodicamente com os discentes.

A segunda pergunta, tão importante quanto a primeira, é se os estudantes estão, de fato, aprendendo. É muito fácil ter um grupo de estudantes satisfeitos, mas isso não significa, necessariamente, que eles estejam aprendendo. Os resultados da aprendizagem estão se materializando? Não basta só verificar a lista dos aprovados e reprovados de cada disciplina, é importante acompanhar os resultados em exames oficiais como, por exemplo, o Enade e os exames de Ordem, como é o caso da OAB, para que se possa identificar quais as deficiências do processo de ensino-aprendizagem, e corrigi-las de acordo.

A terceira e última pergunta, que vem sendo cada vez mais objeto da atenção dos educadores e gestores, é se os estudantes estão produtivos na sua vida e na sua carreira. Alguns se referem a esses indicadores como sendo os de empregabilidade, ou trabalhabilidade. É certo que muitos estudantes de nível superior buscam a graduação para melhorar a sua renda futura. Portanto, precisamos incluir indicadores de aumento de renda na avaliação dos processos educacionais, de preferência em parcerias com órgãos do setor produtivo, como a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

Para que, de fato, possamos saber se uma instituição educacional cumpre adequadamente o seu papel, temos que pesquisar periodicamente, a partir dessas três indagações (estão gostando? estão aprendendo? estão produtivos?) que, magicamente, apontarão o caminho a seguir para o aprimoramento da instituição.

E a sua instituição? Tem conversado a esse respeito com os seus estudantes?

Fonte: ABMES