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A caminho da quinta década de existência

Por Celso Niskier

Agosto é um mês especial para a ABMES, é quando a instituição celebra o início de um novo ciclo na sua já extensa e gratificante jornada. Este ano comemora-se os 37 anos de uma Associação que foi criada a partir de muita determinação de pessoas visionárias, muitas das quais possuem histórias de vida que se confundem com o progresso da educação superior no país.

De seu primeiro presidente, Candido Mendes, até a gestão que ora tenho a honra de liderar, muitos têm sido os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas. Cada um, segundo as demandas e as características da sociedade do seu tempo, teve o discernimento e a sabedoria necessários para conduzir e fortalecer a Associação.

Avaliar o legado que recebemos, certamente, seria um bom caminho para refletir sobre os quase 40 anos de existência, mas acredito que a proximidade da virada de década nos coloca diante de outro contexto. Nas nossas vidas pessoais, tendemos a comemorar de forma especial as idades marcadas pelo início de novas décadas. Quando atingimos a maturidade é comum fazermos um balanço do que foi vivido, mas, em geral, refletimos ainda mais sobre o que queremos fazer daquele momento em diante.

Em poucos anos a ABMES entrará na sua quinta década de existência, quando passará para a fase dos “enta”. Se o objetivo é de que a ABMES continue sendo combativa e efetiva enquanto o contexto educacional do Brasil dela necessitar, é fundamental que esteja em sintonia com as demandas do presente e preparada para as necessidades do futuro.

A meta para os próximos anos é tonificar ainda mais a Associação. Dialogar com uma sociedade em constantes transformações sociais e tecnológicas é imperativo para a sustentabilidade, mas também para o aumento da relevância e do impacto das ações necessárias para o fortalecimento do setor particular de educação superior brasileiro. É preciso estar preparada para a manutenção do perfil propositivo que há quase quatro décadas tem sido a marca registrada da ABMES.

Longe de ser uma menina, mas também distante de ser senhora, a organização possui a maturidade necessária para se projetar centenária e sabe que, para isso, uma construção coletiva é essencial. Assim como tudo começou a partir da união de pessoas, sua permanência e resultados também dependem disso.

Por isso, uma gestão voltada para o novo ciclo tecnológico não é suficiente. É essencial que ela também seja mais participativa, inclusiva e diversa. A Associação vislumbra uma nova fase ainda melhor e mais sintonizada com os anseios das mantenedoras associadas. Vamos em busca de soluções para expandir e fortalecer o setor, mantendo a qualidade e dialogando com as necessidades educacionais do nosso país e com as novas tecnologias.

Estar à frente do seu tempo é uma característica que nem sempre foi bem recebida ao longo da história da humanidade. O contexto atual, no entanto, impõe essa capacidade a quem pretende ser protagonista das transformações sociais, mas também da sua própria trajetória. Temos uma ABMES forte e bem estruturada que nos dá a segurança necessária para mirarmos adiante. Por isso, ao tempo em que celebramos seus 37 anos, a preparamos para a chegada dos 40 e o início de um novo ciclo. Se quisermos uma Associação centenária, precisamos prepara-la e o momento é agora.

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Celso Niskier é  Diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e Reitor do Centro Universitário UniCarioca

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