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Autoaprendizagem: mais autonomia e colaboração!

Por Marcos Ferreira, coordenador de cursos de Engenharia da Computação e Elétrica da UniCarioca

Uma das grandes transformações na área de educação está em fazer com que o aluno aprenda a aprender. É fato: mudaram as necessidades do mercado de trabalho, mudaram as instituições de ensino e a relação entre alunos e professores. Estamos num caminho sem volta, com imensos desafios e progressos a alcançar. E, à medida que reinventamos a comunicação, as plataformas digitais representam mais do que nunca a grande inovação no processo de aprendizagem, independentemente do aspecto temporal – comunicação síncrona e assíncrona – e de localização. Já não é fundamental que o speaker esteja no mesmo lugar e no mesmo momento que o ouvinte. São tempos multimídia, que permitem compartilhar informações e ferramentas massivamente.

Uma das principais vantagens da autoaprendizagem é ampliar as possibilidades da busca do conhecimento. Não dá mais para pensar a educação fora desse contexto. As principais plataformas utilizadas hoje são as próprias redes sociais e os buscadores de conteúdo. Os alunos devem buscar informação isenta e uma boa fonte de busca é o site das próprias instituições de ensino superior e, há mais que isso, há muito troca constante entre os usuários. Hoje, a palavra que melhor traduz tais ações é colaboração.

Mas, como toda mudança, a autoaprendizagem e o uso das plataformas digitais na educação exigem critérios e, diferentemente do que muitos pensam, não dispensam a figura do educador. Se o aluno ainda não desenvolveu um pensamento crítico e autônomo, é provável que receba fontes patrocinadas, falsas e conteúdos não isentos. Daí a grande vantagem da educação baseada num modelo blended, que mescla os dois mundos, o da autoaprendizagem e o da busca guiada, no qual se destaca o papel do professor.

Na UniCarioca, nós professores orientamos aos alunos como não acessar conteúdo falso na web, recorrendo sempre a sites confiáveis, àqueles que representam sítios acadêmicos, ligados às universidades ou instituições de ensino de boa reputação. A maioria dos sites das universidades tem publicado teses e dissertações com aprofundamento nos mais variados temas de interesse acadêmico.

Sabemos que os estudantes precisam desenvolver autonomia, tomar as rédeas da própria formação. E os professores, por sua vez, devem consolidar esse caminho, sem reforçar a ideia de que são os detentores absolutos do conhecimento. O novo papel a desempenhar é o de dar instrumentos e embasamento para que os alunos sigam adiante, com conhecimento e autoconfiança. Não há dúvidas de que, em breve, as avaliações de aprendizagem precisarão também ser adaptadas ao novo momento e a tendência é que as avaliações caminhem para serem feitas por meio de projetos e games, e não mais na forma de questões objetivas ou até múltipla escolha.

Mensurados cientificamente por pesquisa e trabalhos acadêmicos, resultados na UniCarioca mostram que estamos no caminho certo e indicam que quase 80% dos alunos e professores aprovam a utilização de metodologias ativas aplicadas à educação. Abraçamos as mudanças e buscamos a melhor forma de acompanhar a evolução dos métodos educacionais. Ainda há muito que fazer, mas importantes passos já estão sendo dados. Por todos nós, conjuntamente, professores e alunos.