Por Celso Niskier
O momento é de intenso debate nacional. Se por um lado todos nós desejamos voltar rapidamente às nossas atividades normais, por outro lado devemos seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde e demais autoridades sanitárias sobre o melhor momento de interromper a quarentena.
Isso porque as autoridades de saúde baseiam suas recomendações nas normas internacionais e nas evidências científicas existentes para essa pandemia.
A verdade é que ainda não conhecemos o suficiente sobre essa nova doença e, portanto, precisamos da cooperação internacional e da troca de informações entre pesquisadores. Já há mais de 70 projetos de desenvolvimento de novas vacinas, em fase de testes, e devemos, assim, confiar nos nossos cientistas para que deles surja uma solução definitiva para a Covid-19.
Nós, educadores, devemos trabalhar a conscientização de toda a sociedade, incluindo alunos e professores, para que todos possam responder com racionalidade a este momento tão crítico da história mundial. Esse é o dever da educação: criar uma consciência coletiva que envolva a necessária compaixão e a solidariedade entre as pessoas, para que juntos possamos vencer esse desafio.
Além da ciência e da consciência, devemos também usar um outro atributo humano fundamental: a paciência. Conter o nosso desejo e a nossa impulsividade, e tentar fazer o melhor possível durante o isolamento social, sabendo que uma hora ele irá terminar, é dever de todos.
Tudo passa, e essa crise também passará, trazendo importantes lições para toda a humanidade.
Fonte: ABMES