Por Celso Niskier
Em recente seminário virtual, organizado pela EducaInova Hub Educacional e pelo Instituto IDDETI, pude debater com renomados especialistas o complexo assunto da inovação educacional.
Quando falamos de inovar nas organizações educacionais, devemos considerar três aspectos: produtos, processos e pessoas.
No que diz respeito aos produtos inovadores, podemos pensar em novos currículos, mais flexíveis e melhor sintonizados com as exigências do mercado mundial pós-Covid. Cada vez mais, empresas contratam egressos do ensino superior não pelos seus diplomas, mas sim pelas competências demonstradas.
A certificação por competências vem crescendo no mundo inteiro, em parcerias entre universidades e empresas de alta tecnologia. No Brasil, a ABMES é pioneira, oferecendo aos nossos associados competências em Inteligência Artificial, em parceria com a Microsoft.
No que tange aos processos organizacionais, os ambientes escolares caminham para a personalização do ensino-aprendizagem, com o uso de “learning analytics” e algoritmos de Inteligência Artificial. Isso torna a tarefa de educar mais eficiente, liberando o professor para dedicar mais tempo à concepção das estratégias e de conteúdos educacionais.
Por fim, precisamos falar também sobre pessoas. Sem atrair alunos criativos e empreendedores e sem professores capacitados e empoderados pelo uso das novas tecnologias, não se criará uma verdadeira cultura de inovação nas escolas e universidades.
A soma de novos currículos, processos mais eficientes e pessoas engajadas, multiplicados por uma cultura de estímulo à transformação digital, pode dar vazão a uma corrente de inovação educacional sem precedentes no Brasil.
Vamos construir juntos esse futuro?
Fonte: ABMES