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Desafios na busca da empregabilidade

Por Cristina Telles

Em recente levantamento, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) dá bem a dimensão da dificuldade para ingressar no mercado. O levantamento ouviu profissionais com até cinco anos de formados. Em dois anos, só 33% deles conseguiram trabalho na área de formação. Sem experiência, 58% pesquisados relatam não ter passado da etapa de entrevistas de emprego. Ainda entre os consultados, só 25% conseguiram êxito no prazo de três meses.

Diante desse quadro, a principal questão é: como os recém-graduados podem se habilitar adequadamente ao preenchimento de uma vaga em sua área de interesse?

A empregabilidade reside na procura constante pelo aprimoramento de habilidades e da capacitação, exigências inquestionáveis para a inserção no mercado de trabalho. E não é preciso esperar a chegada ao Ensino Superior para começar o planejamento da carreira. Já no Ensino Médio é recomendável focar nas prioridades e no autoconhecimento, evitando assim, aportar na universidade ainda com dúvidas e inseguranças prejudiciais ao desenvolvimento. A decisão sobre a carreira precisa girar em torno do propósito e, quanto antes o jovem identificar e investir nessa vocação, melhor.

Na UniCarioca, os docentes orientam e estimulam os estudantes se atualizarem permanentemente. O constante aprimoramento faz com que o futuro profissional acompanhe a sociedade contemporânea e a rapidez dos avanços tecnológicos. Oferecemos todos os recursos para o seu desenvolvimento pleno, sublinhando a importância da multifuncionalidade e da necessidade de identificar oportunidades e nichos de crescimento no mercado.

Que aspectos observar?

As habilidades socioemocionais – comunicação, relacionamento, capacidade de adaptação e de tomar decisões – são fundamentais à adaptação ao mundo nas próximas décadas. São elas que permitirão às pessoas se diferenciarem das máquinas, se destacarem positivamente numa equipe. Trabalhos voluntários também potencializam o currículo e aumentam o conhecimento e as chances de conseguir emprego, pois as empresas tendem a valorizar perfis que demonstrem comprometimento e responsabilidade social.

As redes sociais também têm seu peso. Precisam ser usadas como um espaço de oportunidade para divulgação de trabalhos, de conteúdos que valorizam o perfil e de interação com diversos profissionais. As empresas costumam pinçar perfis profissionais adequados a seus valores. Dependendo da exposição e do comportamento, os pontos poderão ser a favor ou contra o candidato. Por esse motivo, erros devem ser evitados tanto para quem está em busca de uma vaga quanto para quem já está em atividade no mercado: fotos inadequadas; comentários negativos sobre empresas, líderes imediatos e colegas; e postagem passeando em um lugar no horário de trabalho, entre outras gafes.

CERTO

– Faça um currículo bem elaborado, objetivo, sem erros de português e de acordo com o perfil profissional. O CV precisa expressar de verdade o perfil do candidato.

– Como já ressaltei, é importante se posicionar nas redes sociais de forma coerente, tanto no perfil profissional quanto no pessoal. Evitar exageros e excesso de exposição é recomendável sempre.

– Dedicar-se a trabalhos voluntários e indicá-los no currículo são indicados, pois mostram o potencial do candidato a trabalhos em equipe, compromisso e senso de responsabilidade.

– É importante reunir e manter uma rede de contatos profissionais. Desde colegas de turma, professores e colaboradores da faculdade a amigos da família e contatos externos. Participar frequentemente de eventos, feiras e palestras também pode ser útil.

– Vale a pena conhecer as principais técnicas de seleção que são utilizadas nas empresas, como entrevistas técnicas e por competências, dinâmica de grupo, pitch e estudo de caso, entre outros.

– Falar a verdade e se vestir adequadamente (de acordo com o dress code da empresa) são pontos a favor.

– É fundamental desligar ou silenciar o celular durante a entrevista e ser objetivo nas respostas e observações.

ERRADO:

– Chegar atrasado, desconhecer dados sobre básicos sobre a empresa, falar mal de chefes, colegas de trabalho ou empregos anteriores, fumar, mascar chiclete, tentar ser íntimo do recrutador e falar gírias são bolas-fora.

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Cristina Telles é Gerente de Recursos Humanos e Líder de Carreiras da UniCarioca