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Um caminho sem volta

Por Celso Niskier

Ao participar de uma videoconferência com membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), a convite da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), pude constatar aquilo que muitos têm observado: a educação on-line se tornou um caminho sem volta no Brasil.

A partir das portarias 343 e 345, do Ministério da Educação (MEC), as instituições inovaram e, em tempo recorde, implantaram as aulas remotas, para fazer frente ao desafio da pandemia do novo coronavírus.

Até mesmo em cursos da área de Saúde, os alunos passaram a ter, com qualidade, o ensino virtual, demonstrando a ampla aplicabilidade de tal modalidade em todas as áreas de conhecimento.

Os professores se superaram, e rapidamente se adaptaram às novas tecnologias, ofertando suas aulas nas mais variadas plataformas tecnológicas.

Nada será como antes.

É uma oportunidade para o CNE e o próprio MEC reverem as Diretrizes Curriculares Nacionais, abolindo a falsa dicotomia entre ensino presencial e ensino a distância.

Hoje, o que prepondera é o ensino híbrido, e essa nova realidade foi trazida nos debates com os conselheiros Luiz Roberto Liza Cury, Antônio Freitas e Marília Âncona Lopez, todos eles defensores dos novos modelos.

Após a passagem do tsunami do novo coronavírus, muitas lições serão apreendidas, e certamente a educação será fertilizada pelo uso disseminado das tecnologias digitais.

Esse é um desafio para o qual os educadores brasileiros responderam a tempo, e lideraram a inovação e a criação dessa nova realidade nas faculdades, centros universitários e universidades de todo o Brasil.

Resta, agora, organizar de forma racional a volta às aulas, considerando a necessidade de respeitar as normas de segurança sanitária, preservando a saúde dos alunos, professores e funcionários de cada instituição de ensino.

Mas a lição foi aprendida: o mundo educacional pós Covid-19 é híbrido.

Fonte: ABMES