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Você sabe o que é uma sequência didática?

Por Ana Paula Legey, Antônio Carlos de Abreu Mól e Fernanda Brandão*

Todos nós já nos deparamos com uma aula meio sem graça, com pouca movimentação ou algo diferente que chame a atenção. Mesmo que os anos passem o modo como os conteúdos são aplicados continuam iguais. É aí que o modelo de Sequência Didática entra.

Uma Sequência Didática, mais conhecida como SD, nada mais é que uma forma de organizar, metodologicamente, de forma sequencial, a execução das atividades. Elas ajudam a melhorar a educação e a interação do professor e aluno, e deste com os demais colegas, em relação aos assuntos propostos pela BNCC e com seu entorno.

Na França, em meados de 1980, surgiu a SD. Somente na década de 1990 que ela chegou em território brasileiro. Esse período, no Brasil, foi cheio de mudanças e inovações na educação, e, além disso, houve o “boom” da internet.

A globalização trouxe para o campo educacional uma rede de novas informações, podendo os alunos e professores a conhecerem, de maneira mais rápida, outros conhecimentos, outras vivências e diversas novas pessoas.

Atualmente, as Sequências Didáticas são melhores aplicadas, e de diversas maneiras, por conta do avanço das tecnologias e do crescimento da potência da internet. Como exemplos temos alguns trabalhos envolvendo as SDs:

  1. Sequência Didática utilizando o filme “Vingadores: Guerra Infinita” para explicar conceitos de biologia;
  2. Sequência Didática utilizando astronomia para os alunos entenderem como o universo é grande;
  3. Explicação de uma Sequência Didática elaborada em Genebra sobre gêneros textuais.

Esses três exemplos foram possíveis pela velocidade em que as informações puderam ser alcançadas. Há 30 anos só veríamos um filme da Disney uns dois anos depois do lançamento; uma informação dessas de Genebra só com dinheiro ou influência de alguém; uma oportunidade para explicar astronomia para crianças seria difícil por causa da verba e do currículo.

Todas essas SDs foram esquematizadas de forma diferente, e aqui na UniCarioca também existe um jeito de fazer uma SD original e inovadora. As seis etapas que serão apresentadas a seguir derivam de uma dissertação de Mestrado em Novas Tecnologias digitais na Educação, escrita por Sheila Arantes, e foram adaptadas durante as atividades remotas do Grupo de pesquisa em Reforço Escolar para uma atividade chamada Ações na Pandemia. São elas:

  1. Eixo temático – Vai escolher um tema para sua sequência;
  2. Tomada de consciência com diagnose – Uma primeira atividade que ajudará a inserir a criança no conceito;
  3. Atividades significativas – Aqui a atividade deve se relacionar com o tema e a habilidade que se quer construir e que faça parte da realidade dos estudantes;
  4. Atividades lúdicas – Atividades que o aluno, como protagonista do processo de ensino e aprendizagem, possa escrever, falar desenhar;
  5. Fixação de conteúdo – Atividade que deve resgatar todo o conteúdo visto para ajudar a consolidar o que o aluno aprendeu;
  6. Avaliação significativa – Como um objetivo final, o aluno deve fazer uma atividade que avalie todo o seu conhecimento em relação ao eixo temático abordado.

Ficou curioso para conhecer mais Sequências Didáticas? Clique e Acesse as SDs da plataforma Proximal da UniCarioca.

Lá você encontra Sequências Didáticas para: alfabetização e letramento, para o ensino de matemática, de ciências entre outras áreas do conhecimento. É interessante dizer que todas as SDs são desenvolvidas e pautadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e todas elas, em algumas das atividades, têm as tecnologias digitais como um meio de proporcionar aprendizagem significativa de estudante.

E isso, já é matéria para um próximo texto. Até lá!

*A Profª Dra. Ana Paula Legey e Coordenadora Adjunta do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca, o Prof. Dr. Antônio Carlos de Abreu Mól é Coordenador Geral Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digiais da Educação da UniCarioca e a Fernanda Brandão é Cientista Social – FGV e Graduanda de Jornalismo  pela UniCarioca.